Saber distinguir a que classes gramaticais pertençam os “quês” e reconhecer as suas possíveis funções sintáticas em cada construção frasal é ponto ganho em questões objetivas de gramática e interpretação de textos, além de prenúncio de boa fluência linguística.
Recorde as possibilidades de emprego dos “quês” nas frases que seguem:
- substantivo: Você está com um quê de mistério.
- pronome relativo: Comprei o livro que você me recomendou.
- pronome indefinido: Que loucura!
- advérbio: Que grande o seu sofrimento!
- interjeição: Quê! Ainda não fui claro com você?!
- preposição: Os alunos tiveram que sair às pressas da sala.
- partícula expletiva: O ciclista é que foi imprudente.
- conjunção integrante: O professor já alertara que a prova seria difícil.
- conjunção consecutiva: O frio era tanto que doía no rosto.
- conjunção comparativa: Eles jogaram mais que nós.
- conjunção explicativa: Acalme-se, que amanhã tudo será resolvido.
- conjunção temporal: Já havia bom tempo que dali mudáramos.
- conjunção subordinativa final: Criarei poesias, que refrigério sejam da alma triste.
- conjunção subordinativa concessiva: Indiferentes que fossem comigo, não os ignoraria.
Atenção: por ser uma palavra de multiuso, há o risco de o(a) candidato(a) ser acometido de “queísmo“, ou seja, do vício de linguagem dos que repetem à exaustão o emprego dos “quês” em sua redações.
Preventivamente, portanto, procure ampliar o seu vocabulário com leituras rotineiras que possam facilitar-lhe a busca de alternativas.
Olho vivo!