Os “quês” admitem as mais diferentes possibilidades de emprego nas frases.
Por esse motivo, somos sempre tentados a usá-los.
E daí surge o perigo de cairmos no vício do “queísmo“.
Observe como eles são polivalentes, pois podem ser usados como:
o substantivo: Sua voz tem um quê de rotina.
o pronome relativo: Conheço o carro que você comprou.
o pronome indefinido: Que desperdício!
o advérbio: Que difícil foi a prova!
o interjeição: Quê! Ele não veio?!
o preposição: Todos tiveram que sair cedo.
o partícula expletiva: Ela é que foi a culpada.
o conjunção integrante: Ninguém sabe que você está aqui.
o conjunção consecutiva: O frio era tanto que doía no rosto.
o conjunção comparativa: Ela foi mais feliz que nós.
o conjunção explicativa: Não chores, meu filho, que a vida é luta renhida.
o conjunção temporal: Já cinco sóis eram passados que dali partíramos.
o conjunção subordinativa final: Criarei poesias, que refrigério sejam da alma triste.
o conjunção subordinativa concessiva: Cruel que me julgassem, eu não mudaria.
Cuidado, pois, para não ser contaminado pelo “queísmo“.
Todo cuidado é pouco!