Apesar de a definição de texto ser bem mais abrangente – toda unidade de comunicação, oral ou escrita, elaborada por um emissor, que contenha mensagem a ser enviada a um destinatário –, vamos nos ater, em nome da objetividade, à produção linguística escrita em determinado contexto a respeito de certo assunto e com um objetivo definido: argumentar ou refutar em até 30 linhas.
Ora, se há uma mensagem a ser enviada por um emissor (você), por meio de um texto dissertativo (a sua redação), a um receptor (a banca de correção do seu concurso, vestibular ou Enem), é preciso considerar a importância da clareza do que esteja escrito a fim de que seja bem entendido e avaliado por quem de direito. Sendo assim, tome a clareza como a qualidade primeira do seu texto.
Não se esqueça de que o texto requer planejamento (esboço ou esquema), levantamento e seleção das melhores ideias, exímia articulação de todos os enunciados e linguagem sucinta, capaz de conduzir o leitor da primeira à última linha com crescente interesse pelo seu desfecho.
O que passar disso poderá até parecer com texto, mas não será mais do que um amontoado de palavras e ideias desconexas em determinado número de linhas.
Ultimamente, como você já sabe, tem prevalecido a dissertação em questões de vestibulares, concursos e Enem por uma simples razão: esse tipo de texto permite aos corretores avaliar diferentes competências dos candidatos e as capacidades de reflexão, organização e articulação de ideias, coerência e a desenvoltura da linguagem em nível culto (com a aplicação da gramática normativa).
Não restrinja o seu pretenso texto ao mero preenchimento de linhas. É muito mais do que isso.
Portanto, estude as possíveis estruturas para cada modalidade de dissertação em função da proposta que lhe seja apresentada e domine uma linguagem compatível com o seu nível de escolaridade.
Não se descuide também da aplicação da gramática normativa.
Não deixe de treinar, treinar e…treinar!