Especialmente em dissertações que se valham de retrospectivas, você deve imaginar uma linha do tempo (LT) sobre a qual possam se suceder os marcos históricos do texto – anteriores ao passado, passados, presentes, anteriores ao futuro e futuros, nessa sequência cronológica –, tomados em relação ao Momento da Fala (MF) de quem escreve (presente).
Para tirar proveito de retrospectivas como estratégia de valorização do seu posicionamento crítico e fortalecimento da argumentação, é importante eleger pontos notáveis a serem considerados como suportes da sua argumentação e estar seguro(a) do melhor escalonamento deles ao longo da LT.
Para isso, é fundamental ter cultura geral que possa servir de banco de dados e informações históricas a serem aplicadas ao texto, além de dominar as flexões verbais e saber muito bem empregar os diferentes modos e tempos verbais.
Guarde bem: a atitude de quem disserta pode ser perfeitamente modulada pelo adequado uso dos modos verbais.
Veja como melhor empregar cada Modo:
- Indicativo, em princípio, deve prevalecer em situações que indiquem certeza ou precisão da realização da ação sugerida pelo verbo.
Exemplo: O Brasil localiza-se na América do Sul. (não há dúvidas a respeito dessa afirmativa.)
- Subjuntivo, em tese, quando houver incertezas quanto à concretização da ação sugerida pelo verbo.
Exemplo: Se as passeatas forem ordeiras, (no campo das possibilidades) a população apoiará os seus clamores.
- Imperativo não deve ser usado em dissertações. Cabível, entretanto, em outros tipos de texto, especialmente os narrativos.
Não se contente apenas com a teoria!
É preciso treinar…treinar…e treinar!