Em dissertações, não somente as formas positivas e concretas da linguagem são aconselháveis, mas também as específicas.
Para tal, evite fazer uso de termos genéricos, de significação muito ampla, de pouca especificidade, pois poderão comprometer a precisão do texto.
Empregue, assim, verbos e nomes na medida certa para cada caso, muito bem definidos quanto à significação.
Veja bem: nem toda árvore produz cajus; assim, é melhor usar a palavra “cajueiro” para mais precisamente indicá-la; da mesma forma, nem todo “trabalhador” é “operário da construção civil”; então, para distingui-lo melhor, use um termo que lhe seja mais determinante como “peão”, “mestre de obras” ou “pedreiro”.
Gonçalves Dias escreveu: Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá.
Compare agora com Minha terra tem árvores / Onde canta o pássaro.
Perceba como o segundo fragmento perdeu em precisão porque nem toda árvore é palmeira e nem todo pássaro é sabiá.
Concluindo, siga estas dicas: em dissertações, a linguagem positiva deve ser preferível à negativa; a concreta, à abstrata; a específica, à genérica.
Olho vivo!