Textos dissertativos requerem linguagem precisa.
Permitir, portanto, mais de uma interpretação do que se escreve significa fragilizar a argumentação.
Todo cuidado, pois com os pronomes seu(s), sua(s) e lhe(s), já que, dependendo da construção frasal, eles podem gerar ambiguidades (duplo sentido).
Veja alguns exemplos:
- O diretor orientou ao secretário que deletasse a sua petição. (petição de quem?)
- O réu alegou ao juiz que a vítima mentira sobre o seu comportamento. (comportamento de quem?)
- O pai pediu ao filho que alimentasse o seu cachorro. (cachorro de quem?)
- João disse à mãe ter esquecido o conselho que a avó lhe passara. (a quem fora passado o conselho da avó?)
Para você treinar – Desfaça as ambiguidades em decorrência do mau uso dos pronomes:
O sargento informou ao tenente que encontrara a sua pistola. (a quem pertencia a pistola?)
O filho devolveu ao pai o seu passaporte. (de quem era o passaporte?)
João contou ao vizinho que lhe roubaram a bicicleta. (de quem era a bicicleta?)
Possíveis soluções:
O sargento informou ao tenente que encontrara a pistola do oficial.
O filho devolveu ao pai o passaporte do genitor.
− Roubaram-me a bicicleta, contou João ao vizinho.
Especialmente em dissertações, todo cuidado é pouco.
Portanto, olho vivo!