Em dissertações, dominar a ordenação do tempo com o adequado uso dos modos e tempos verbais facilita o desenvolvimento de teses.
No universo de cada modo, há diferentes empregos dos tempos verbais.
Observá-los poderá contribuir para a clareza de sua dissertação.
Quanto ao Modo Indicativo, decida sobre um dos seguintes tempos verbais conforme cada situação:
- presente: para indicar fatos simultâneos ao Momento da Fala (MF), verdades científicas, ações habituais, atualizações do passado, indicações de um futuro muito próximo e certo e, eventualmente, substituir o imperativo: Brasília é a capital do Brasil.
- pretérito imperfeito: para denunciar fatos anteriores ao MF, mas ainda não concluídos; para exprimir fatos habituais ou ações em curso: Ao término do período, a população estava revoltada.
- pretérito perfeito: para remeter o leitor a fatos passados em relação ao MF, mas já findos, ou a fatos não habituais; ainda para indicar ações momentâneas: Houve bons motivos para a rebelião.
- pretérito mais-que-perfeito: para deslocar o leitor a fatos passados, já concluídos, tomados em relação a um outro passado (no passado do passado em relação ao MF): O povo já antecipara o impeachment do presidente (tinha ou havia antecipado).
- futuro do presente: para remeter o leitor a fatos posteriores ao MF e tidos como certos; ainda para indicar a emissão de ordens: As medidas governamentais resolverão apenas em parte o problema.
- futuro do pretérito: para levar o leitor a fatos futuros, mas tomados em relação a um passado ao MF; poderá indicar dúvida, desejo, surpresa, ou ainda fatos não realizados: Passado algum tempo, o governo repetiria os erros do passado.
Olho vivo!