Clichê é aquela frase ou expressão já tão desgastada pelo uso que não produz mais o efeito desejado.
O clichê também denuncia pouca criatividade ou vocabulário raso de quem escreve.
“Uma andorinha só não faz verão“, por exemplo, é clichê que deve ser evitado em dissertações.
Veja a mesma ideia com uma redação mais bem elaborada: “O trabalho em equipe produz melhores resultados do que o somatório dos esforços individuais.”
De tão repetidos que são, os clichês perdem a sua força original, enfraquecem o valor do discurso e tornam a linguagem chula, envelhecida e sem graça.
Evite as seguintes expressões: abrir com chave de ouro, arrebentar a boca do balão, enxugar gelo, empurrar com a barriga, dar o pontapé inicial, acertar os ponteiros, breve intervalo, perder o bonde da história, passar em brancas nuvens, dizer cobras e lagartos, cair como uma bomba, fugir da raia, morrer de amores, sagrar-se campeão, voltar à estaca zero, calor escaldante, crítica construtiva, silêncio sepulcral, singela homenagem, sol escaldante, vaias estrepitosas, astro-rei (sol), soldado do fogo (bombeiro), profissional do volante (motorista), mestre Aurélio (dicionário), inserido no contexto, ao apagar das luzes, depois de longo e tenebroso inverno, do Oiapoque ao Chuí, na hora da verdade, pomo da discórdia, tábua de salvação, tiro de misericórdia, a mil por hora.
Exercício: Reescreva o texto que segue, eliminando os lugares-comuns e tornando a linguagem mais precisa:
Do Oiapoque ao Chuí, o Brasil tem belezas mil. Mesmo quem não morre de amores por praia e calor escaldante, encontra oportunidades de diversão e lazer de arrebentar a boca do balão em eventos culturais, na visita a parques temáticos e em passeios ecológicos de tirar o chapéu.
Dentre os estrangeiros, os vizinhos argentinos sempre foram os maiores fregueses do turismo nacional, principalmente nas praias de Santa Catarina e Rio de Janeiro. Em períodos de crise financeira, entretanto, que têm sido bastante frequentes no país vizinho, eles deixam de viajar. Com isso, a indústria hoteleira vez por outra toma uma ducha de água fria e se vê obrigada a, como tábua de salvação, buscar outros mercados, fato que até tem sido bom, pois tem despertado o empreendedorismo e estimulado principalmente os europeus a descobrirem os nossos paraísos.
Quem vive do turismo, no Brasil, não está mais dormindo em berço esplêndido na certeza da receita garantida. As incertezas do mercado, no entanto, têm o seu lado bom, porque faz o nosso empresariado aprender a fazer do limão uma limonada.
Uma solução:
De norte a sul, o Brasil é belo. Mesmo os menos entusiastas por praia e calor encontram oportunidades de diversão e lazer de ótima qualidade em eventos culturais, nas visitas a parques temáticos e em passeios ecológicos.
Dentre os turistas estrangeiros, os argentinos sempre se fizeram presentes, principalmente nas praias de Santa Catarina e Rio de Janeiro. Em períodos de crise financeira, entretanto, o que tem sido bastante frequente ultimamente, deixam de viajar. Com isso, a indústria hoteleira ressente–se e se vê obrigada a buscar outros mercados, fato que até tem sido bom, pois tem despertado o empreendedorismo e estimulado principalmente os europeus a descobrirem os nossos paraísos.
Quem lida com turismo não está mais acomodado, pois as incertezas do mercado estão obrigando o empresariado brasileiro a diversificar–se e, com criatividade, fazer de cada desafio nova oportunidade de negócios.
Agora é com você!
Sela seletivo(a), escolha as melhores palavras, expressões e frases para cada caso.
Bons estudos!