Os aspectos observados na Competência 4 do Enem dizem respeito à estruturação lógica e formal entre as partes do texto como resultado da combinação de um conjunto de ideias associadas em torno de uma ideia a ser defendida: a tese.
Não basta selecionar os melhores argumentos; mais do que isso, você deve organizá-los de modo lógico, coeso e coerente.
Para tal, é fundamental utilizar os chamados elementos de coesão textual e/ou os organizadores argumentativos, como, por exemplo, advérbios, locuções adverbiais e conjunções, estabelecendo relações adequadas entre termos e também entre parágrafos, sobretudo no desenvolvimento do texto, a fim de que o sentido seja construído de maneira clara e objetiva.
É preciso, ainda, saber utilizar um repertório linguístico ou vocabular adequado ao tema e aos objetivos do texto.
Isso não significa, em hipótese alguma, valer-se, de maneira desenfreada, de termos e/ou expressões considerados mais rebuscados ou eruditos no intuito de impressionar a banca de correção.
Lembre-se de que simplicidade é virtude. Valha-se, pois, dos variados recursos linguísticos à sua disposição como garantia da coesão textual.
O Guia do Participante do Enem recomenda as seguintes estratégias:
- substituição de termos ou expressões por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, advérbios que indicam localização, artigos.
- substituição de termos ou expressões por sinônimos, antônimos, hipônimos, hiperônimos, expressões resumitivas ou expressões metafóricas.
- substituição de substantivos, verbos, períodos ou fragmentos do texto por conectivos ou expressões que resumam e retomem o que já foi dito.
- elipse ou omissão de elementos que já tenham sido citados anteriormente ou sejam facilmente identificáveis.
Resumindo, na elaboração da redação, você deve, pois, evitar:
- frases fragmentadas que comprometam a estrutura lógico-gramatical.
- sequência justaposta de ideias sem encaixamentos sintáticos que reproduzam hábitos da oralidade.
- frase com apenas oração subordinada, sem oração principal.
- emprego equivocado de conectores (preposição, conjunção, pronome relativo, alguns advérbios e locuções adverbiais) que não estabeleçam relações lógicas entre trechos do texto e prejudiquem a compreensão da mensagem.
- emprego do pronome relativo sem a preposição, quando obrigatória.
- repetição ou substituição inadequada de palavras sem se valer dos recursos oferecidos pela língua (pronomes, advérbios, artigos, sinônimos, hiperônimos etc.).
Não deixe de treinar a produção textual semanalmente, pelo menos duas vezes!